Autarquia e empresários promovem rotas "gourmet"

A Câmara de Armamar, empresários do setor da hotelaria e restauração e produtores locais uniram-se para promover três rotas "gourmet", dedicadas ao queijo, ao fumeiro, à maçã, ao cabrito e ao vinho.
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"Queremos que os visitantes conheçam não só o produto final, mas também o seu processo de fabrico. Este é um aspeto distintivo das nossas rotas e estamos convencidos de que, a médio prazo, serão um sucesso", afirmou à agência Lusa a vereadora da Cultura, Cláudia Jesus Damião.

As três novas rotas turísticas, que ficaram hoje disponíveis, dão aos visitantes a possibilidade de provarem as iguarias da gastronomia do concelho e conhecerem quem as produz, num percurso que integra também visitas a património natural, histórico e cultural de Armamar.

Em comum, as três rotas dão a possibilidade de, ao almoço, os turistas saborearem o chamado "cabritinho de Armamar" nos restaurantes e, a meio da tarde, fazerem provas de vinhos do Douro e do Porto em quintas. Todas se iniciam com um pequeno-almoço numa pastelaria.

"As rotas têm aspetos comuns, mas cada uma delas é temática: uma contempla os queijos de cabra, outra privilegia todo o tipo de fumeiro e a terceira a maçã e seus derivados", explicou Cláudia Jesus Damião.

A vereadora exemplificou com a rota que privilegia o queijo que, após o pequeno-almoço, propõe uma visita ao miradouro da Senhora da Graça, em Cimbres, um momento de degustação numa fábrica de queijos, uma passagem pela Barragem de Lumiares e a visita à ponte românica de Santo Adrião.

O posto de turismo de Armamar será a entidade responsável pelo agenciamento das rotas: "O turista escolhe a rota e é o posto de turismo que aciona os contactos".

Cláudia Jesus Damião está otimista em relação ao futuro das três novas rotas turísticas, apesar de reconhecer que, a curto prazo, poderão não ter uma grande aceitação.

"Devemos ter suficiente entusiasmo para acreditar no projeto e achar que ele vai ser um sucesso, mas, por outro lado, realismo suficiente para perceber que os tempos não estão muito bons e que há um esforço muito grande das famílias em termos de contenção", justificou.

A autarquia e os seus parceiros pretende explorar a proximidade à Galiza e "apostar no turismo de fim de semana, que é muito gastronómico", avançou.

"Depositamos alguma esperança porque temos fatores distintivos da maior parte das rotas, que são as provas de vinho do Douro e o proporcionar ao visitante o contacto com unidades de produção. Nem todas dão a possibilidade aos participantes de entrar numa cozinha onde estão a ser feitas as compotas e os bolinhos de maçã ou numa fábrica de queijos ou de enchidos", acrescentou.

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